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Meu querido personagem

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Venho há algum tempo matutando sobre qual seria meu personagem preferido das telonas. Pensei e pensei, e consegui chegar a uma pré-seleção de mais ou menos uns quarenta ou cinquenta nomes (não vou citar todos aqui!). E, cara, como é difícil fazer essas tais 'listas'.

Primeiro, pensei, "começarei pelos meus filmes preferidos". Lá estava 2001: Uma Odisseia no Espaço - H.A.L.? Não, ele não me foi tão marcante. Veio então Forrest Gump: protagonista mais do que favorito ao prêmio "Personagem preferido Lucas" - põe lá na lista! Qualquer dos três Don Corleone são inesquecíveis: Brando criando um estilo muito próprio? De Niro revitalizando Don Vito? Al Pacino recriando a figura de um novo chefe da máfia? Coloquem os três na lista, depois eu decido!

A menina Regan chega a ser cogitada: O Exorcista é um dos meus longas prediletos! O que acham de Tony Montana, em Scarface? O E.T.? Que tal o simpático Randle McMurphy do Jack Nicholson, em Um Estranho no Ninho? Ou o William Wallace de Mel Gibson, no lindíssimo Coração Valente?

Não, esperem! Os antagonistas! Comecemos pelo melhor deles: Darth Vader, em Star Wars. Boa pedida? Hannibal Lecter, em O Silêncio dos Inocentes? O Coringa? Mas qual: do Batman do Tim Burton ou do Cavaleiro das Trevas? O cômico do Nicholson (olha ele aí de novo!) ou o insano do Ledger? Antonhy Chigurh, de Onde os Fracos Não Têm Vez ou Normam Bates, de Psicose? Que acham, então, do Dadinho - '...é o caralh*, meu nome agora é Zé Pequeno, porr*' - em Cidade de Deus? Vale colocar na lista? E o Freddy Krueger? Afinal, é aterrorizador!

Falando em Tim Burton, me lembrei de um tal de Johnny Depp, que quase não trabalha com o diretor. Edward, o Mãos-de-Tesoura ou o Capitão Jack Sparrow, em Piratas do Caribe? Que tal mudarmos o foco e pensarmos o Dirty Harry do Clint Eastwood? Ou mesmo no Indiana Jones, no Neo do Matrix ou em James Bond, nos 007?

Swarza ou Stallone: T-800, do Exterminador do Futuro (me corrijam, se não for esse o número de série dele - sei que é da sequencia!) ou Rocky, o lutador do bom coração? Voltamos à fantasia? Por quê não? Yoda, ultramestre de Star Wars, Sméagol de O Senhor dos Anéis ou Harry Potter, o bruxinho que consegue arrecadar milhões?

Tá faltando mulher. Onde estão as nossas heroínas? Scarlett O'Hara, em E o Vento Levou? Ellen Ripley, em Alien? 'A Noiva' do tarantinesco Kill Bill? Ou a adorável Dorothy, de O Mágico de Oz?

Agora é hora do meu gênero favorito: a animação. Aqui, pensei, primeiramente no filme com o elenco de personagens mais completo do cinema: Toy Story. Como são muitos, escolhi os meus três preferidos: Buzz, Rex e O Senhor Cabeça-de-Batata. Falando em Pixar, veio à cabeça o Procurando Nemo. Mas nada de Nemo aqui. Quem ganha minha maior simpatia é a carismática Dori, a peixinha esquecida! Para contrastar, 'Shrek neles'! E como representantes das animações japonesas estão a corajosa e esperta Chihiro, de A Viagem de Chihiro e o grande deus da floresta Totoro - de Meu Vizinho Totoro - símbolo do Studio Ghibli não à toa! Por fim, vem a animação que marcou a minha existência para sempre e me ensinou lições para a vida toda: O Rei Leão. Timão e Pumba? Mufasa? Mas ainda acho que o Rafiki marca mais por ser a voz da sabedoria e o responsável pelas mudanças nesse maravilhoso longa!

Obviamente que essa lista é meio provisória. Talvez seja definitiva aqui a cinco ou seis... vidas! Não, é realmente difícil lembrar de tudo e escolher, mas isso é só para despertar a curiosidade daqueles que mais me marcaram, individualmente, no cinema. Com certeza, devo estar esquecendo muitos nomes! Se desejar, faça uma lista sua e coloque nos comentários. Vai ser bem divertido saber a sua opinião e, provavelmente, recordar de outras tantas figuras marcantes da telona!

Voltando à seleção, três nomes chegaram à final. A inocência e carisma de Forrest Gump o fazem adorável! Chaplin foi genial em tudo: como roteirista, como diretor, como compositor e como ator. Criou o seu personagem de ouro em Carlitos, o vagabundo, que transmite todas as verdades e críticas à sociedade de maneira cômica, muitas vezes bem dosada com a tragédia. A figura do vagabundo é digníssima! Em difícil escolha, WALL.E sai vencedor. Encanta-me perceber em um robô tamanha bondade, emoção e humanidade! É o personagem mais amável do cinema, o mais apaixonante!

Por enquanto, é isso. Quem sabe uma lista de filmes ou animações preferidas na próxima postagem?

Abraço...

Lucas Rey


22:29



E o Oscar 2010 vai para... a Arte

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Apesar da frase célebre do título ('The Oscar goes to...') ter sido modificada (nesta 82ª edição, foi 'The winner is...'), o Oscar 2010, em linhas gerais, não foi lá muito surpreendente (como se isso fosse novidade!). Algumas premiações inesperadas até ocorreram e a Academia mostrou preferir o pequeno Guerra ao Terror ao megalomaníaco blockbuster Avatar. "Está dando um tiro no próprio pé", relatou o crítico Rubens Ewald Filho (na transmissão da TNT), justificando que o sucesso de Cameron fez renascer uma Hollywood um pouco apagada (o que é bem verdade, diga-se de passagem). Contudo, na minha opinião, os vencedores foram mais do que justos pois, mesmo que Avatar seja visualmente revolucionário, ainda, para mim, um belo roteiro é o mais importante de tudo. A seguir, alguns comentários.

Melhor filme: Guerra ao Terror - A Arte em primeiro lugar! Está dado o recado. O independente e 'barato' Guerra ao Terror desbanca seu concorrente (hoje) bilionário com méritos. O longa possui boas atuações, grande direção, belos cenários (e efeitos), além de um instigante roteiro que embasa o clima de tensão e abalo psicológico de uma guerra. Avatar é imenso: uma aventura legal e um show inesquecível, ao qual só faltou roteiro mesmo (não recebeu sequer a indicação na categoria - e seria bastante errado se eu dissesse que ele merecia) para ser o trabalho do ano. Porém, para alguns (e a mim), roteiro é primordial! E nem o sucesso nas bilheterias (perto dos 3 bilhões de dólares) ou o ressurgimento que ele causou na indústria cinematográfica fazem-no maior do que um espetáculo visual (magnífico, por sinal). É bom, não nego! Mas, como bem disse o colega Thales "ele não é um grande filme, apenas um filme grandioso". Up só estava lá para enfeite: para dizerem mesmo que não são preconceituosos com a animação (apesar de eu achá-lo, sim, um dos dez melhores do ano de 2009). Amor sem Escalas me pegou de jeito, virou um dos meus favoritos e ganhou a minha torcida ao lado de Bastardos Inglórios - que é uma verdadeira inspiração do Tarantino - e do próprio vencedor da categoria. Distrito 9, que possui o tipo de roteiro que eu gosto - aquela coisa de mesclar ficção com toques de conscientização ou mesmo apresentação social (ou histórica) -, também é muito bom, mas já era dúvida a sua própria indicação (não por mim, é claro!). Educação é o representante britânico, em mais uma tentativa de demonstrar que a Academia é 'boazinha'. Preciosa é um belo argumento não desenvolvido com todo potencial - falta mais emoção! Um Sonho Possível é uma história legalzinha (meio batida), que conta com uma ajudinha de Sandra Bullock para colocá-lo entre os melhores. Um Homem Sério (ainda não vi), dizem, é mais uma boa história dos Coen, que fazem o que querem com suas películas.

Melhor direção: Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror) - Primeira mulher a receber o Oscar da categoria, Kathryn Bigelow está impecável na condução deste retrato real dos soldados americanos no Iraque. Firme e convicta, ela guia com grande sabedoria, inserindo o espectador na sua projeção e sustentando um clima de tensão a todo o momento. Cameron tem direção segura no seu megassucesso. Lee Daniels mostrou boas qualidades, mas deixou a desejar na emoção do seu público. Jason Reitman muito bem, mas só. E, Tarantino, não foi dessa vez de novo!

Melhor ator: Jeff Bridges (Coração Louco) - O prêmio é de Jeff Bridges com justiça! Simplesmente, o papel da sua vida. Colin Firth está muito bem interpretando o homossexual sem estereótipos (graças a Deus!), em Direito de Amar (péssima tradução, por sinal). George Clooney pode até parecer mais do mesmo, mas ainda assim me convence com sua segurança em cena no belo Amor sem Escalas. Morgan Freeman é outro grande nome e está incorporado em Nelson Mandela, no bom (mas menor) Invictus. Jeremy Renner protagoniza firmemente o independente Guerra ao Terror, mas não acredito que ganhe tanto destaque na produção.

Melhor atriz: Sandra Bullock (Um Sonho Possível) - Como é possível, no mesmo ano, uma pessoa ganhar o Oscar e o Framboesa de Ouro (prêmio para os piores)? Sandra Bullock conseguiu a façanha e foi buscar os dois - emocionada na Academia e com muito bom humor no Framboesa. Ela surpreende pela performance bastante segura, desenvolvendo muito bem sua personagem. Mesmo com o páreo duro, é merecido, principalmente pelo ganho em uma projeção não tão positiva como Um Sonho Possível. Gabourey Sibile está preciosa (com o perdão do trocadilho) no papel da protagonista sofrida da apresentação de Lee Daniels - seu primeiro papel é elogiável! Meryl Streep (por Julie & Julia) é sempre Meryl Streep - grandiosa, segura, convicta - sua 16ª indicação. Provavelmente, o grande nome dentre todos os atores de Hollywood.

Melhor ator coadjuvante: Christoph Waltz (Bastardos Inglórios) - Incontestável como Heath Ledger no ano passado. Não que os adversários não sejam bons (Woody Harrelson está ótimo em O Mensageiro), o problema é que Waltz vai muito além com o seu magnífico Coronel Hans Landa; é um outro nível! Matt Damon não me parece tão exigido em Invictus; e Stanley Tucci convence na pele do antagonista de Um Olhar do Paraíso, ainda que não seja grandioso.

Melhor atriz coadjuvante: Mo'Nique (Preciosa) - Outro prêmio bastante esperado. Mo'Nique encarna a mãe cruel e detestável de Preciosa (com direto a inúmeros palavrões!), causando verdadeira repulsa nas pessoas. Meu segundo lugar ficaria com a adorável Anna Kendrick, de Amor sem Escalas. Penélope Cruz, por Nine? A moça está muito bem e tudo, sou um grande fã dela, mas não tinha chance nenhuma, para falar a verdade.

Melhor roteiro original: Mark Boal (Guerra ao Terror) - Embora não seja injusto, uma vez que Boal soube delinear bem toda a caminhada dos soldados no Iraque (grande roteiro, mesmo!), gostaria de ter visto Tarantino com a estatueta. Afinal, o tom inventivo e audacioso de Bastardos Inglórios é inspirador: reinventa a queda do III Reich e conta com uma dose de humor que alfineta o próprio americano. Infelizmente, a Academia parece não gostar de tanta criatividade.

Melhor roteiro adaptado: Geoffrey Fletcher (Preciosa) - Grande surpresa, Preciosa desbanca Amor Sem Escalas nessa categoria. Apesar de não ter lido nenhuma das obras, fico um pouco descontente, avaliando o roteiro em si dos dois filmes. O guião de Preciosa é muito bom, mas não tem a magia da mistura de temas tão complexos e bonitos como o longa de Jason Reitman. Distrito 9 também tem um roteiro maravilhoso!

Melhor animação: Up - Altas Aventuras - Indicado a melhor filme, era mais do que óbvio que sairia vencedor aqui. Embora eu ainda ache que a criatividade de Coraline lhe favoreça uns pontinhos a mais, não é insatisfatório ver mais este belo exemplar da Pixar como ganhador. Afinal, Up tem grandes méritos como a construção sólida dos personagens, o roteiro muito divertido e a trilha sonora belíssima (além da animação, evidente).

Melhor filme estrangeiro: O Segredo dos seus Olhos (Argentina) - Outra grande surpresa! Acho que boa parte do público brasileiro que pôde acompanhar (assim como eu) O Segredo dos seus Olhos e A Fita Branca esperava que o segundo ganhasse. Afinal, o longa alemão é uma pequena obra-prima, envolta em um tema profundo e desenvolvendo a revelação da sordidez humana, no contexto pré-Primeira Guerra. O trabalho argentino é elogiável também, apesar de menor: Campanella dirige muito bem, as atuações são firmes e o desfecho é um dos grandes méritos (e um dos melhores que eu já vi), pelo inesperado e sentimento antagônico que causa em sua plateia. Que o Brasil olhe para o lado e perceba que as produções nacionais não precisam ser somente sobre favela, tráfico, morro e criminalidade - honestamente, já está saturado. Afinal, depois de Cidade de Deus, fica difícil fazer alguma coisa tão grandiosa sobre qualquer desses assuntos (Tropa de Elite até chegou perto, mostrando um ponto de vista ainda não explorado)! Salve Geral, que grande piada!

Melhor maquiagem: Star Trek - Não vi os longas estrangeiros que concorriam na categoria (o italiano Il Divo e o britânico A Jovem Rainha Vitória). Assim, somente posso comentar que a maquiagem de Star Trek é muito boa, convence e remete aos personagens da famosa série de televisão.

Melhor figurino: A Jovem Rainha Vitória - Sério, esse eu não quero comentar! Não entendo nada aqui (comentei o básico no ano passado, chegando a ser ridículo!). Fico na limitação de 'melhor roupagem (ou vestimenta) e cenário'! Não assisti ao vencedor, somente a Nine, um dos concorrentes que, pela minha visão extremamente restrita, é bom.

Melhor montagem: Guerra ao Terror - Pelo geral (e lembrança), a obra de Bigelow é bem editada mesmo: na passagem de uma cena para outra, na escolha da melhor captação de imagens, enfim. Não entendo muito dessa coisa. Para mim, os outros (e em especial Distrito 9) são competentes aqui.

Melhores efeitos visuais: Avatar - Distrito 9 e Star Trek que me perdoem, mas não tinham a menor chance! Prêmio anunciado, a produção milionária de James Cameron é, visualmente, revolucionária, belíssima e competente - um retrato da perfeição para os dias de hoje. Sim, visualmente irretocável! Os outros dois tem efeitos muito legais, mas Avatar está em um patamar superior.

Melhor fotografia: Avatar - Bom prêmio, apesar de tudo indicar a fotografia iraquiana de Guerra ao Terror ou mesmo uma grata surpresa com o lindo A Fita Branca. Mas, se Avatar é, visualmente, perfeito, não há como negar que merece a estatueta.

Melhor direção de arte: Avatar - E lá vou falar sobre a perfeição visual do Avatar. Não, chega! Vocês já entenderam o recado, né?

Melhor som: Guerra ao Terror - Eu acho que aqui é a mixagem de sons que vale! Guerra ao Terror é grandioso nesse aspecto técnico, ao unir diversos elementos nas cenas. Também tenho a impressão que é difícil mixar sons em animações (Up, que não está aqui) e filmes de efeitos especiais como Avatar (ou mesmo o péssimo Transformers - A Vingança dos Derrotados). Bastardos Inglórios e Star Trek me parecem igualmente bons. Nossa, que confusão!

Melhor edição de som: Guerra ao Terror - Comentário da categoria passada. Todos me parecem sonoramente bem editados. Não vou ficar aqui enrolando vocês!

Melhor canção original: "The Weary Kind" (Coração Louco) - Apesar de ter gostado bastante das canções deste ano e me parecer bastante difícil uma escolha, a de Coração Louco - meio ao estilo Bob Dylan - me atraiu um pouquinho mais. As de A Princesa e o Sapo são muito legais e convivem bem com as imagens da animação da Disney. A Take It All (Nine) não é tão boa assim, apesar de Marion Cotilard. Loin de Paname (de Paris 36) é simpaticíssima!

Melhor trilha sonora original: Up - Altas Aventuras - Grande prêmio a uma trilha sonora linda, que conduz a aventura do velho Carl. James Horner é bom ao jogar um tom épico à trilha de Avatar. Hans Zimmer dá o acorde descontraído ao novo Sherlock Holmes. As de O Fantástico Sr. Raposo e Guerra ao Terror são boas, mas não tão 'penetráveis' quanto às outras concorrentes.

Quanto ao restante das categorias, não assisti à massiva maioria dos indicados e, portanto, não me sinto à vontade para falar delas. Mas aí vão os vencedores:

- Melhor documentário: The Cove
- Melhor documentário de curta-metragem: Music by Prudence
- Melhor curta-metragem: The New Tenants
- Melhor curta-metragem de animação: Logorama

O mais engraçado é que o Oscar deste ano me lembrou 2009. O pequeno notável - hoje, Guerra ao Terror; antes Quem quer ser um Milionário? - arrebata as principais estatuetas. E mesmo que Avatar seja revolucionário nos efeitos especiais, é possível lembrar de O Curioso Caso de Benjamin Button (melhor em roteiro!) cuja habilidade técnica era grande (ainda que não inovadora). E, mais uma vez, felicito à Academia pela acertada escolha a favor da maravilhosa Arte e do belo roteiro, ao invés de se curvar ao (bom, mas incompleto) arrasa-quarteirão, que peca na sua essência.

Lucas Rey


13:08



Palpites para o Oscar 2010 (em cima da hora!)

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Como bom cinéfilo, não poderia deixar de palpitar em quem eu acho que vai ganhar o Oscar 2010, a maior festa de premiação do cinema mundial. Aí vão alguns (mesmo que eu ainda não tenha visto tudo!):

- Melhor filme: GUERRA AO TERROR

- Melhor diretor: KATHRYN BIGELOW - GUERRA AO TERROR

- Melhor roteiro: QUENTIN TARANTINO - BASTARDOS INGLÓRIOS

- Melhor roteiro adaptado: JASON REITMAN E SHELDON TURNER - AMOR SEM ESCALAS

- Melhor ator: JEFF BRIDGES - CORAÇÃO LOUCO

- Melhor atriz: SANDRA BULLOCK - UM SONHO POSSÍVEL (preferia a Meryl Streep!)

- Melhor atriz coadjuvante: MO'NIQUE - PRECIOSA

- Melhor ator coadjuvante: CHRISTOPH WALTZ - BASTARDOS INGLÓRIOS (o mais anunciado da noite, pois Waltz está impecável)

- Melhor animação: UP (ainda que eu ache que Coraline merecia!)

- Melhor filme estrangeiro: A FITA BRANCA

- Melhor trilha sonora original: UP

- Melhor maquiagem: STAR TREK

- Melhores efeitos visuais: AVATAR (o.k., este aqui é o mais anunciado!)

- Melhor figurino: O IMAGINÁRIO DO DR. PARNASSUS (chutão!!!)

- Melhor direção de arte: AVATAR

- Melhor edição (montagem): GUERRA AO TERROR (mas tenho uma quedinha por Distrito 9)

- Melhor canção: "THE WEARY KIND" - CORAÇÃO LOUCO

- Melhor som: GUERRA AO TERROR

- Melhor edição de som: AVATAR (gostaria de ver Up aí)

- Melhor fotografia: GUERRA AO TERROR


Voltaremos com os vencedores e possíveis comentários (bons e ruins!)...

Lucas Rey


10:49



Avatar segundo o IMax

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James Cameron deu significado ao 3D: a inserção. Ao invés de jogar as coisas em direção à poltrona, ele leva o espectador para dentro do seu mundo, convidando-o a participar da obra.

Esse Avatar dá o que falar. Em pleno século XXI, pregou uma peça na pirataria. Alcançou os dois bilhões de dólares e, se duvidar, não demora a somar mais meio bilhão. E seria ilógico não apontar o recurso 3D como o vetor desse sucesso todo pois, quem baixou (ou comprou) para assistir em casa, ou não possui um cinema na sua cidade ou é muito ingênuo para perder um espetáculo desses. Pois, sim, Avatar é uma obra para se observar no cinema (lamento por quem não possa vê-lo em três dimensões) - paradoxalmente isso se torna um trunfo e um prejuízo, devido à redução do encanto quando visualizado em DVD ou mesmo em Blu Ray (ao menos, por enquanto, não temos na nossa TV uma tecnologia que faça justiça) - e somente será apreciado sublimemente em 3D.

É a quarta vez que sento na poltrona para me deixar levar pelo magnífico mundo concebido por James Cameron. A única diferença, nesta última, é que tive ampliada a minha experiência: fui vê-lo no Dom Bosco IMax Theatre, do Shopping Palladium, em Curitiba.

Contudo, aqui, não pretendo incomodá-los falando do primor do universo criado e da relação dos Na'vi com Eywa; ou enumerando os clichês e falhas do roteiro - afinal já relatei minha opinião no Cyber Críticos (se quiser ler, clique AQUI). Não, não. De forma alguma! O que vou fazer é me conter a contar-lhes a sensação no experimento IMax (ainda inédito aqui na capital gaúcha) e o que a nova tecnologia acrescentou em relação ao '3D convencional'.

Se na versão '3D convencional', Avatar já possui uma beleza visual e sensorial incrível, no IMax o longa de Cameron ultrapassa limites e chega muito próximo da perfeição. A experiência que parecia impossível (ou, ao menos, improvável) acontece. Pois, por mais inacreditável que possa soar, a imersão em Pandora é ainda maior. Os quase 300 m² da tela côncava e as poltronas um pouco mais inclinadas aumentam a sensação do 'estar lá dentro'. A noção de profundidade e distância dos objetos majora de forma espetacular. A sequência da destruição da Casa da Árvore, por exemplo, ganha um tom - tanto visualmente como sonoramente - ainda mais realista!

O IMax, realmente, proporciona a evolução do cinema 3D e é, no nosso tempo e ao menos com Avatar, a verdadeira Imagem Maximum, única e irretocável. Um avanço muito importante para o cinema que prima pelo bom recurso visual de efeito.

Para concluir, digo-lhes que minha primeira experiência em IMax foi inesquecível: com a melhor tecnologia disponível, ainda assisti à melhor metragem de recurso visual da minha época. E, após essa quarta sessão, apenas por um momento, resolvi mandar para o inferno o fato de a história ser simples; possuir inúmeros lugares-comuns e subtramas excessivamente pontuadas; e do Jake ser o heroizão que faz e consegue tudo. Avatar não é o melhor filme do mundo (e nem mesmo de 2009, na minha opinião) - já cansei de dizer que, se é divino visualmente, o roteiro possui imperfeições incompreensíveis (e algumas imperdoáveis) para doze anos de desenvolvimento. Entretanto, a sensação que provoca com seu espetáculo e o show de efeitos visuais revolucionários faz valer a pena. Cameron pode não ser 'O Rei do Mundo', mas, certamente, hoje, detém o título de 'Imperador da Terceira Dimensão'.

Por hoje, é isso.

Lucas Rey


15:01



Pequenas linhas sobre os indicados a melhor animação do Oscar 2010

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Vamos fingir por um momento que Up - Altas Aventuras não foi indicado a melhor
filme. E, portanto, vamos esquecer que, pela lógica (como escrevi em post passado), a animação da Disney/Pixar já ganhou a estatueta. Vamos nos focar nos cinco indicados e imaginar quem pode ganhar o Oscar.

O Fantástico Sr. Raposo é uma filme muito bonito. É como ouvir uma historinha para dormir, daquelas com lições familiares e ensinamentos muito instrutivos. A técnica é interessante e criativa. Mas, ainda assim, não figura entre os queridinhos, na minha opinião. É bom, mas não o suficiente para outros concorrentes.

A Princesa e o Sapo é um 2D que mostra que a Disney ainda tem poder inventivo. Romance interessante, canções encantadoras e personagens principais simpáticos. Mas falha nas suas 'secundariedades' como as figuras coadjuvantes e o próprio vilão, que não é tão temeroso quanto o esperado.

Up - Altas Aventuras é um dos favoritos (lembremos da suposição do primeiro
parágrafo!). É inegável que a Disney-Pixar NUNCA errou! Dez longas, e nenhum ruim! Mas Up é lindo mesmo: seja pela relação dos personagens; o roteiro emocionante; a trilha sonora inspirada; a animação atraente; as situações divertidas.

Coraline e o Mundo Secreto é meu preferido de 2009! Mesmo que não tenha indicação a melhor roteiro (o que Up tem), a animação em stop-motion pode não ser completa, mas é um maravilhosa aventura: a personagem forte (assim como as figuras secundárias e a vilã); as lições de vida; a técnica perfeita (com expressões faciais incríveis); o enredo sombrio e instigante. Então, por que a considero melhor que Up? Se Up é belíssimo ao 'estilo-consagrado Disney-Pixar', Coraline ganha uns pontinhos a mais pelo tom mais criativo, pela perspectiva inventiva, que se diferencia
e, assim, chama a atenção.

O Segredo de Kells foi o único que ainda não vi. Mas deve ser legal para tirar o lugar de Ponyo, de Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro, A Princesa Mononoke) na indicação. Ou será que o longa japonês não é tão bom assim?

Até a próxima,

Lucas Rey


06:52



Primeiros comentários para os indicados ao Oscar

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Saiu, no último dia 2, a lista dos indicados ao prêmio mais famoso do cinema. O Oscar 2010, que acontece em 7 de março, possui escolhas previsíveis e prenunciadas pelas outras indicações e premiações que antecedem a Academia.

Avatar vem com tudo! Nove indicações e boas perspectivas. Os efeitos especiais são seus, Sr. Cameron - pode comemorar! É fato: Avatar está na frente nessas categorias que os outros. Mas como pensar na megaprodução dos Na'vi como melhor filme, se nem ao menos foi indicado a melhor roteiro (original)? Diga-se de passagem, é justo que não tenha sido, pelas inúmeras imperfeições no quesito. A Academia nos dá uma dica de que Cameron não leva nada aqui (e se levar, vai ser muito estranho!). Avatar é um bom trabalho mas, de forma alguma, é o melhor do ano.

Se não me engano, Up - Altas aventuras - a belíssima metragem da Disney/Pixar (e cinco indicações!) - quebra um jejum de 18 anos pois, desde A Bela e a Fera, uma animação não era indicada ao prêmio de melhor filme (aliás, acho que os dois são os únicos representantes). Justo? Com certeza! Merece estar entre os dez melhores. Mas duas coisas me chamam a atenção: a primeira é que como ele foi indicado a melhor filme, fica estranho não premiá-lo como melhor animação, já que as demais não estão na lista do prêmio principal. Aliás, como animação, gostei demais do Coraline. Em segundo lugar, fica a lástima pelas animações não terem tido a oportunidade do prêmio de melhor filme antes: no ano passado, Wall.E seria um adversário à altura do Quem quer ser um milionário?.

Cameron leva melhor diretor? Briga muito dura com Tarantino (e sua obra-prima) e, pelo que ouvi, com sua ex-mulher, Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror. Aliás, este último possui também nove indicações e, pelo jeito, disputa com Amor sem Escalas e Bastardos Inglórios (que, certamente, leva 'ator coadjuvante' com Christoph Waltz) o prêmio de melhor filme. Definitivamente, pelo geral das indicações, estes três figuram como os favoritos. Afinal, eles não vão quebrar o protocolo e dar a Up dois grandes prêmios. Avatar é um perigo: mesmo que não possua as características para o prêmio, ah, como eles gostam do Cameron. Distrito 9 possui um belo roteiro, mas se já era dúvida de todo mundo a sua própria indicação, seria surpreendente se lhe dessem o melhor filme.

Dica de última hora: os adoráveis Wallace & Gromit estão de volta - indicados a melhor curta-metragem de animação em "A Matter of Loaf and Death".

P.S.: Meryl Streep está lá de novo. Sandra Bullock dá a volta por cima. Preciosa e Coração Louco também prometem.

Algumas projeções, ainda não vi, e por isso não comentei. O que falta será comentado ao seu tempo.

Lucas Rey

*Veja a lista completa clicando AQUI.


17:25



Sobre o que virá... e o preenchimentos dos vazios

1comentários

Continuamos, aqui, a caminhada. Depois do Cyber Criticos - no qual muito me agrada escrever - o amigo Thales apresentou um ponto de vista interessante quanto às críticas: a metodologia um pouco encarcerada nos pontos de avaliação. Não que eu ache isso errado, de maneira alguma. É um estilo, e ainda esbanjo sorrisos ao escrever lá. Mas faltava algo... alguma coisa mais livre, mais descompromissada, colocações muito mais ligadas à pessoalidade (que já é bastante expressa no Cyber), sem se prender a hábitos ou métodos.

Pois, depois de analisarmos a possível modificação do Cyber, percebemos que ele é parte essencial no nosso mundo e em nossa vida. E, então, decidimos mantê-lo da maneira como está (e também por respeito aos nossos leitores).

A função fundamental do 'Depois dos Créditos' (aliás, o feliz título é mérito total do colega Thales) é tratar das coisas de forma mais simples, dos devaneios, das loucuras e das diversas teorias e propostas - obviamente, sobre cinema - que sempre surgem nas nossas discussões, justamente depois das letrinhas. Coisas como o fato de Crepúsculo arrasar os corações femininos e ser detestado pela maioria dos homens; questionamentos do quão geniais e quão idiotas são Stanley Kubrick, Lars von Trier ou Woody Allen; constatações sobre o que deve provar e provocar um filme de arte e um comercial; conclusões de a quantas anda e como determinados gêneros se perdem no tempo e perecem ainda no nascimento. Sim, tudo isso nós já discutimos (e muito mais, se querem saber!).

E é nessa forma mais rápida e objetiva de expressar nossos pensamentos e referências, que pretendemos fazer isso. Serão textos menos preocupados com a forma, mais descompromissados e, com certeza, bastante atrevidos e provocadores. Pensem que ao invés de resenhas, terão artigos. Contudo, percebam que não se trata de uma concorrência ao Cyber - que continua ativo, com a sua razão específica e terminantemente séria de avaliar os filmes - mas uma complementação dele.

Que você, leitor, goste. E que possamos desfrutar da sua companhia e opiniões ativas, pois este é um espaço em que falamos o que pensamos e discutimos abertamente.

Lucas Rey


13:48



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